segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Endipe 2012 - Apresentação de trabalho sobre escola inclusiva bilíngue


A “SURDEZ” E O “LIXO” PODEM SER “EXTRAORDINÁRIOS”: A ESCOLA APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS



 Cristina B. F. de Lacerda – Universidade Federal de São Carlos

Nelma Cristina de Carvalho Francisco

Patrícia Morais Teberga de Oliveira

Guilherme Silva de Oliveira



Resumo

A educação de surdos é tema polêmico desde seus primórdios. A língua de sinais é sabidamente língua de constituição de sujeitos surdos e quando é assumida nos espaços educacionais favorece um melhor desempenho dos alunos surdos. Prós e contras das propostas de educação de surdos não se restringem ao direito lingüístico; contato com pares usuários da mesma língua; abordagem metodológica; atuação de profissionais bilíngues entre outros, mas ampliam-se para as condições concretas de implementação destas mesmas propostas nas práticas educacionais. Neste contexto, destacam-se experiências de inclusão de alunos surdos em escolas regulares que aceitam o desafio de organizarem-se como escolas bilíngües (Língua Brasileira de Sinais Libras/Português). O objetivo deste artigo é discutir acerca de uma experiência de educação inclusiva de alunos surdos na qual os princípios de direito lingüístico, cidadania e interdisciplinaridade estiveram presentes. A experiência foi desenvolvida em uma escola de ensino fundamental, de uma cidade de grande porte do Estado de São Paulo, focalizando atividades realizadas nas séries finais do ensino fundamental, envolvendo aproximadamente 120 alunos ouvintes e surdos. O tema Solidariedade foi trabalhado de uma maneira interdisciplinar envolvendo as disciplinas curriculares: História, Português e Libras em turmas na quais estavam presentes alunos surdos e ouvintes, professor regente e intérprete de Libras. Como estratégia pedagógica foi utilizado o documentário “Lixo Extraordinário” assumindo a visualidade como forma privilegiada de trabalho com alunos surdos e ouvintes em contexto inclusivo. Foram criadas condições para uma aprendizagem adequada e conseqüente além de possibilitar uma experiência amplamente inclusiva: entre alunos surdos e ouvintes, entre escola e comunidade, entre espaço escolar e bens culturais – favorecendo uma compreensão da questão da solidariedade no campo complexo da inclusão social.
Educação de Surdos – Inclusão Escolar – Abordagem Bilíngue


Compondo a mesa : Surdez e inclusão: as diferentes práticas de ensino


Da esquerda para a direita: Cristiane Correia Taveira, Celeste Azulay Kelman, Cristina Broglia Feitosa de Lacerda, Monica AStuto Lopes Martins, Geise (intérprete de Libras) e Daniele Nunes Henrique Silva.

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