segunda-feira, 16 de abril de 2012

Reestruturação das Escolas Especiais de São Paulo (rede municipal) - 2011 e 2012

Foto: Bruna Ancheschi

Em novembro de 2011, a Prefeitura de São Paulo deu mais um passo importante no sentido de fazer da escola um lugar onde todos possam aprender bem, independente de suas necessidades educacionais. Foi assinado um decreto que institui as Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS) na capital paulista, transformando as seis escolas de Educação Especial (EMEE) em espaços onde a Língua Brasileira de Sinais (Libras) será a primeira língua, oferecendo aos surdos toda a estrutura necessária para que eles possam ter acesso a todo conteúdo de forma adequada, e possam vivenciar plenamente a cultura surda.
A língua de sinais é a base da constituição dos sujeitos surdos e, ao ser assumida nos espaços educacionais para a instrução e comunicação, o desenvolvimento e desempenho dos alunos são significativamente melhores. Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Educação começou a planejar em 2007 a reestruturação das EMEEs, tendo como foco a organização curricular na perspectiva bilíngue, com produção de material pedagógico específico – entre eles as Orientações Curriculares e Expectativas de Aprendizagem em Libras e em Língua Portuguesa para Pessoa Surda –, formação dos profissionais e definição de novos critérios de avaliação.

As novas Escolas Bilíngues contarão com professores especialistas, Instrutores de Libras que ensinarão a língua de sinais para alunos, professores, pais e comunidade, e Intérpretes e Guia Intérpretes de Libras que mediarão a comunicação. Além disso, como a Educação Bilíngüe é baseada também na Pedagogia Visual, a Secretaria investe na aquisição de recursos que favorecem a ‘visualidade’ das atividades, como câmeras de filmagem e aparelhos multimídia e de projeção.

Quase 1,3 mil estão matriculados nas escolas que passam a ser bilíngues, entre eles crianças, adolescentes, jovens e adultos com surdez, surdez com outras deficiências associadas e surdocegueira. A opção pelo tipo de atendimento continua sendo da família, que poderá matricular o aluno em uma Escola Bilíngue, em uma Escola-Pólo – que é uma escola regular, inclusiva bilíngüe, que contará com a mesma estrutura para o atendimento ao surdo, e continuará atendendo também alunos ouvintes – ou em uma escola regular.

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